Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 1 de 1
Filtrar
Adicionar filtros








Intervalo de ano
1.
Rev. abordagem gestál. (Impr.) ; 24(spe): 472-481, set.-dez. 2018.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-977127

RESUMO

A pergunta metafísica sobre o ser parece estranha à fenomenologia de matiz husserliana. A orientação fenomenológica tem como lugar de investigação a vida do eu, que demanda um "colocar entre parênteses" toda consideração existencial sobre o mundo psicofísico transcendente à consciência pura, incluindo o próprio eu empírico. De fato, o lema fenomenológico de "voltar às coisas mesmas" não se refere aos objetos exteriores à consciência, mas, isto sim, aos puros objetos imanentes enquanto aparecem na consciência. Dessa maneira, embora o fenomenólogo não esteja necessariamente impedido de pensar metafisicamente ou de negar a legitimidade da pergunta sobre o ser, o propósito metodológico que ele segue parece interditar num primeiro momento, em suas investigações sobre a vida do eu, qualquer tipo de posicionamento metafísico. Por outro lado, sugerimos como hipótese neste artigo que a fenomenologia husserliana parece ter pressupostos metafísicos. O exame da investigação sobre o sentido do ser em Edith Stein, especialmente na obra Endliches und Ewiges Sein (Ser Finito e Ser Eterno), fornece indícios de que a investigação mesma da vida do eu envolve, inevitavelmente, a consideração sobre certas unidades constitutivas da subjetividade transcendental: as essencialidades que constituem o próprio sentido da realidade enquanto tal.


The metaphysical question about being seems strange to the phenomenology of Husserlian nuance. The place of inquiry of phenomenology is the life of the ego, which demands a "putting in parenthesis" any existential consideration of the psychophysical world transcendent to the pure consciousness, including the empirical ego. In fact, the phenomenological motto of "going back to the things themselves" does not refer to objects outside consciousness, but rather to the pure immanent objects as they appear in consciousness. Thus, although the phenomenologist is not necessarily prevented from metaphysically thinking or denying the legitimacy of the question about being, his methodological purpose seems to preclude, at first, in his investigations of the life of the ego, any kind of metaphysical positioning. On the other hand, we suggest as hypothesis in this article that husserlian phenomenology seems to have metaphysical presuppositions. The examination of the inquiry into the sense of being in Edith Stein, especially in the work Endliches und Ewiges Sein, gives indications that the very investigation of the life of the ego inevitably involves consideration of certain constitutive units of the transcendental subjectivity: the essentialities that constitute the very meaning of reality as such.


La pregunta metafísica sobre el ser parece extraña a la fenomenología de matiz husserliana. La orientación fenomenológica tiene como lugar de investigación la vida del yo, que demanda un "poner entre paréntesis" toda consideración existencial sobre el mundo psicofísico trascendente a la conciencia pura, incluyendo el propio yo empírico. De hecho, el lema fenomenológico de "volver a las cosas mismas" no se refiere a los objetos exteriores a la conciencia, sino a los puros objetos inmanentes mientras aparecen en la conciencia. De esta manera, aunque el fenomenólogo no esté necesariamente impedido de pensar metafísicamente o de negar la legitimidad de la pregunta sobre el ser, el propósito metodológico que él sigue parece interrumpir en un primer momento, en sus investigaciones sobre la vida del yo, cualquier tipo de posicionamiento metafísico. Por otro lado, sugerimos como hipótesis en este artículo que la fenomenología husserliana parece tener presupuestos metafísicos. El examen de la investigación sobre el sentido del ser en Edith Stein, especialmente en la obra Endliches und Ewiges Sein, proporciona indicios de que la misma investigación de la vida del yo implica, inevitablemente, la consideración sobre ciertas unidades constitutivas subjetividad trascendental: las esencialidades que constituyen el propio sentido de la realidad como tal.


Assuntos
História do Século XIX , Filosofia/história , Relações Metafísicas Mente-Corpo
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA